sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Show de Morrissey no Brasil será transmitido ao vivo pela internet



Poisé. E depois do alvoroço (pelo menos da minha parte) com o show que o Morrissey faria em Porto Alegre - disse "faria", porque o britânico cancelou a apresentação - ficamos sabendo qual a razão dessa pataquada com os fãs gaúchos. O Blog do Grings explicou as razões do ex-Smiths para trocar PoA por Belo Horizonte.

Mas, nem tudo está perdido. E, se serve de consolo, poderemos assistir a apresentação que o cantor fará em São Paulo pela internet. O anúncio foi feito pelo festival Live Music Rocks, evento que terá sua primeira edição e promete grandes nomes da música em shows aqui no Brasil, durante todo o ano de 2012. Segundo o comunicado, o show será transmitido ao vivo pela internet.

Mas, não é só isso. A EMI anunciou que vai lançar a reedição do primeiro álbum solo de Morrissey - Viva Hate (1988). O disco terá fotos inéditas e notas de Chrissie Hynde, lendária vocalista e guitarrista da banda The Pretenders.

O show em São Paulo acontece no dia 11 de março. Antes disso, Morrissey passa por Belo Horizonte em 07 de março (data que seria de Porto Alegre) e Rio de Janeiro em 09 de março.


Guris choram e dão show




Hoje saí de casa pra ver e ouvir o Guris Não Choram, no Boteco do Rosário. Provocada por esse cartaz bacana que vi desfilando pelo Facebook, fui na pilha e não me decepcionei. No palco, Batavo (Black Cat Bone) e Guilherme Barros (Doce Veneno e Maria do Relento), dois veteranos do rock santa-mariense. E no repertório, sons que são beeem a minha praia: anos 80 na veia!

Trocando uma ideia com o Batavo, ele me fez lembrar que o projeto existe há oito anos, mas tinha dado um tempo porque o Guilherme morava em Porto Alegre. Agora, os dois se juntaram de novo pra essa apresentação no Boteco.

O nome do projeto - pra quem não sacou - faz uma referência com Boys Don't Cry, do The Cure, uma das minhas bandas favoritas. E tem mais Cure no set list. Batavo e Guilherme me presentearam abrindo o show com Just Like Heaven. E veio também Friday I'm in Love. Prato cheio pra uma fanzoca como eu. E não faltaram New Order, Echo & The Bunnymen, Talking HeadsThe Smiths, The Jesus and Mary Chain, Smashing Pumpkins e Pixies. Coisa muito fina. Tudo isso com voz e violão. Mas também instrumentos inusitados como banjo, cavaquinho e dobro, esse lindão que você vê aí abaixo.


Segundo o Batavo, a ideia é seguir apresentando o Guris Não Choram por outros bares e palcos. A próxima apresentação, a confirmar, deve ser no Zeppelin. Aviso por aqui.



E pra quem não lembra ou ficou curioso sobre o que leu no primeiro parágrafo... Black Cat Bone, Doce Veneno... wtf? São bandas lendárias aqui de Santa Maria, duas das inúmeras que essa cidade já teve. Pesquisando, achei essa lista aqui

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O início de tudo



Minha relação com a música vem de longa data. Ainda no útero materno, ouvia minha mãe cantalorar os hits da época, como Let Me Be There, da Olivia Newton-John ou ainda No Woman no Cry, eternizada por Bob Marley. Depois, já no colo de mamãe, ela me fazia dormir ao som Tonight is The Night, do Rod Stewart. Pra animar o bebê nascido em 1975, ela tocava Walk This Way, do Aerosmith. E assim, a pequena Ana foi crescendo, sempre com música em casa, sempre com minha mãe cantando alguma coisa pra mim. Das músicas que mais tenho lembrança, vem os sucessos do Abba! Minha mãe cantava pra mim a música Pequenina (a versão da paraguaia Perla para Chiquitita, do Abba) e Dancing Queen, uma canção que toca em cheio minha memória emotiva até hoje, tanto que a escolhi para minha entrada triunfal quando colei grau em Jornalismo.


Depois, mais crescida, me foi imposto oferecido um violão. E para decepção da pequena plateia familiar, nenhum acorde saiu dos meus dedos. Sem a menor habilidade e nenhuma cerimônia, rejeitei o instrumento e desisti. Abandonado em um canto, o novíssimo Tonante acabou caindo nas mãos do meu irmão caçula. Realmente, o feeling do meu pai para algum talento em casa funcionou. Errou o alvo, mas a realmente tínhamos na família um talento musical. Meu irmão cursou a faculdade de Música, é Bacharel em Percussão, guitarrista talentosíssimo e hoje vive em Portugal, fazendo mestrado em Percussão. 

Pra mim, só restaram as músicas que ouvia, desde as fitas cassetes presenteadas por Marcio Grings (e dele vieram álbuns inteiros de Raul Seixas e Neil Young), além do bom e velho radinho... esse me acompanhou durante anos, até o dia em que caí dentro de um estúdio pra trabalhar como radialista.

A paixão foi instantânea. Trabalhar com música é realmente um grande barato. Tocar a música certa, na hora certa e fazer a alegria de alguém em algum lugar, não tem preço. E foi durante minha experiência na rádio Itapema Santa Maria que me relacionei diretamente com a ideia de colaborar em um blog que fala (entre outras coisas) sobre... Música! Apesar de não ser tão assídua, acho que fiz um trabalho legal e não envergonhei o dono do blog. O Blog do Grings é referência pra quem curte música e cultura pop. E foi por incentivo dele que resolvi criar esse espaço. E aqui estamos. Sem muitas pretensões, sem grandes expectativas. E agora, vamos ver no que dá. Sinta-se àvontade, inclusive pra xingar muito no Twitter, que é @mparacamaleones.